ANSN visita Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda para avaliar potencial de instalação do primeiro pequeno reator modular (SMR) do País

A Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) realizou, na quinta-feira (30), uma visita técnica ao Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC), com o objetivo de avaliar o potencial de aproveitamento da infraestrutura existente para futuras aplicações com pequenos reatores modulares (SMRs), uma tecnologia inovadora em estudo no cenário internacional. Os SMRs representam uma nova geração de reatores nucleares voltados à geração elétrica segura, eficiente e de baixo impacto ambiental. Durante a visita, a comitiva da ANSN acompanhou apresentações técnicas, percorreu áreas operacionais e discutiu aspectos gerais sobre o conceito de reaproveitamento de instalações termoelétricas para eventual implantação desses reatores, em linha com experiências já analisadas em outros países. O diretor-presidente da ANSN, Alessandro Facure, destacou que as discussões estão em estágio inicial e não envolvem qualquer procedimento de licenciamento: “Estamos conhecendo as instalações e debatendo possibilidades técnicas. Não se trata de um processo de licenciamento, mas de uma discussão preliminar sobre uma alternativa que já vem sendo estudada no mundo — a de aproveitar estruturas de termoelétricas convencionais para abrigar pequenos reatores modulares.” Também participaram da visita o diretor de Instalações Nucleares e Salvaguardas (DINS), Ailton Fernando Dias, o coordenador-geral de Reatores, Daniel Palma, e o chefe de Gabinete, Ricardo Guterres. A iniciativa faz parte dos esforços da ANSN para acompanhar tendências tecnológicas e debates internacionais sobre novas gerações de reatores nucleares, reforçando o compromisso da Autoridade com a inovação, a segurança e o desenvolvimento sustentável do setor nuclear brasileiro. Fonte: Gov.br
Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados discute o uso de pequenos reatores nucleares modulares no Brasil

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira (21), às 16h, uma audiência pública para discutir os pequenos reatores nucleares modulares (SMRs) e seu potencial para fortalecer a segurança energética e acelerar a descarbonização no Brasil. A iniciativa foi proposta pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ), que destacou a importância de alinhar o país ao avanço global da tecnologia nuclear modular. Os SMRs (Small Modular Reactors) representam uma nova geração de reatores mais seguros, eficientes e escaláveis, com montagem modular e emissões praticamente nulas de carbono. A tecnologia pode complementar fontes renováveis, como solar e eólica, e levar energia a regiões remotas. A audiência reunirá representantes de destaque do setor, entre eles André Augusto Campagnole dos Santos (CNEN/MCTI), Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria (Marinha do Brasil), Alessandro Facure Neves de Salles Soares (ANSN), Carlos Henrique Seixas (ABEN), André Luiz Rodrigues Osório (Eletronuclear), Thiago Ivanoski (EPE), Vice-Almirante Carlos Alberto Matias (AMAZUL), Marco Aurélio Vieira (IPEGEN), além de representantes da Eletrobras, Rosatom, Rosenergoatom, e especialistas como Giovanni Laranjo de Stefani (Coppe/UFRJ) e Glauciele Avelar (Nuclep). O debate também abordará a retomada de Angra 3, vista como essencial para consolidar a base tecnológica do setor nuclear brasileiro. A Marinha do Brasil, com sua experiência em reatores de pequeno porte, pode contribuir para o avanço dos SMRs civis. A Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) defende o investimento nessa tecnologia como parte da transição energética e da meta de neutralidade de carbono até 2050. Países como Estados Unidos, Canadá e Rússia já estão em estágio avançado de desenvolvimento dos reatores modulares, e o Brasil busca se inserir nesse cenário de inovação e soberania tecnológica. Confira a notícia completa AQUI! Fonte: Cenário Energia
Vinicius Costa Lima, aluno da Escola Politécnica da UFRJ, é premiado em olimpíada internacional de segurança financeira na Rússia

Vinicius Costa Silva, aluno de Engenharia Nuclear da Escola Politécnica da UFRJ, foi premiado na final do International Financial Security Olympiad 2025, realizada em Krasnoyarsk, na Rússia, entre 29 de setembro e 3 de outubro. Ele recebeu o Diploma de Certificação na área de Economia, entregue pelo presidente do Banco Promsvyazbank, Pyotr Fradkov. A delegação brasileira, coordenada pelo professor Fabio Krykhtine, da Escola Politécnica e Coordenador Especial de Relações Internacionais para a Rússia, contou com nove alunos da UFRJ: Anna Paula Rodrigues Tambasco, Giovanna Rodrigues Tambasco, Giovanni Valadão Tozzi e Mateus Faria Leite Ferreira (Engenharia Naval); Vinicius Costa Silva (Engenharia Nuclear); Thomas Victor Cordeiro Guerra Strong (Engenharia Mecânica); Victor Pereira da Silva dos Santos (Ciência da Computação); Vitor Fontes Simões e Samuel Villarino Soares Koehler (Economia). A Olimpíada, considerada um dos maiores eventos globais sobre segurança financeira, reuniu 600 finalistas de 40 países e incluiu provas presenciais, palestras e atividades culturais. Os participantes visitaram a Universidade Estatal de Moscou Lomonosov e participaram de eventos de integração, como uma partida internacional de xadrez entre brasileiros e russos. Vinicius também participou da competição oficial de xadrez, que selecionou oito finalistas para enfrentar o campeão mundial Sergey Karjakin. Além disso, esteve na Rússia em setembro, em São Petersburgo, para o evento Komanda 2025, promovido pela Rosatom, onde apresentou um artigo sobre Pequenos Reatores Modulares (SMR), orientado pelos professores Carlos Cosenza e Fabio Krykhtine. Segundo Krykhtine, a cooperação com instituições russas tem ampliado as oportunidades acadêmicas e culturais para os alunos da UFRJ, fortalecida recentemente pela criação da Sala Innopraktika, no Centro de Tecnologia da universidade. Clique AQUI para conferir a notícia completa! Fonte: Escola Politécnica UFRJ
Por que a energia nuclear está reconquistando espaço no cenário mundial

A energia nuclear, antes desacreditada por acidentes como Chernobyl e Fukushima e pelos altos custos de gestão, vive um ressurgimento global. Países que antes planejavam abandonar a fonte, como Japão, Alemanha, Suécia e Itália, estão reavaliando suas posições e até ampliando projetos. A Finlândia inaugurou o maior reator da Europa em 2023, enquanto os EUA e a China lideram novos investimentos. Esse movimento é impulsionado pela necessidade de substituir o carvão e reduzir a dependência do gás russo, além da pressão por energia limpa e estável. Empresas privadas e gigantes da tecnologia investem em novos modelos, como pequenos reatores modulares (SMRs) e pesquisas em fusão nuclear. O setor também busca reduzir custos e prazos por meio da padronização de projetos e da cooperação empresarial. No entanto, o futuro da energia nuclear dependerá de políticas públicas de longo prazo, investimentos em qualificação e da superação de entraves burocráticos sem comprometer a segurança. Confira a notícia completa AQUI! Fonte: Gazeta do Povo
Diamante Energia desenvolve microrreator com potencial para transformar o setor nuclear no Brasil

A Diamante Energia e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram recentemente um contrato para viabilizar o desenvolvimento de microrreatores nucleares (MRNs) no Brasil. O projeto, coordenado por Adolfo Braid, busca criar a base tecnológica e industrial necessária para uma futura cadeia de suprimentos nacional no setor. Segundo Braid, a iniciativa representa um marco para a soberania tecnológica brasileira: “Este projeto é o ponto de partida para que o Brasil construa sua própria independência no setor de microrreatores, garantindo competitividade e relevância no cenário nuclear global do futuro.” Os MRNs são reatores de pequeno porte, versáteis e seguros, com aplicações que vão desde a estabilização de microrredes e abastecimento de localidades remotas, até o fornecimento contínuo de energia para data centers e o suporte a setores industriais. Próximos passos Após a assinatura do contrato com a Finep, serão firmados acordos com Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs), que conduzirão parte essencial do trabalho. Também está prevista a implantação das Unidades de Desenvolvimento Tecnológico (UDTs), fundamentais para elevar a tecnologia ao nível de maturidade necessário (TRL-6). Entre os focos da pesquisa estão: Diferenciais do projeto brasileiro O projeto nacional se destaca por propor soluções específicas, utilizando urânio de baixo enriquecimento (LEU), pastilhas de UO₂ encapsuladas em varetas metálicas e grafite como moderador e refletor. Essas escolhas tornam o modelo conceitualmente distinto, otimizado para as condições e demandas brasileiras. Impactos e perspectivas Os MRNs podem transformar o setor energético do país. Entre as aplicações promissoras estão o uso em plataformas offshore, mobilidade elétrica em grande escala, indústrias intensivas em energia e abastecimento de regiões isoladas. Além disso, o projeto pode gerar impactos socioeconômicos relevantes: O cronograma prevê que um protótipo entre em operação em até três anos, e que a primeira unidade comercial esteja pronta em até oito anos. Com essa iniciativa, o Brasil dá um passo decisivo rumo à soberania energética e tecnológica, inserindo-se de forma competitiva na corrida global pela inovação nuclear. Fonte: petronoticias
Pequenos Reatores Modulares no Setor Marítimo e Naval: Avanços, Aplicações e Perspectivas Globais

Os Pequenos Reatores Modulares (Small Modular Reactors – SMRs) vêm ganhando destaque como alternativa flexível e de menor porte para a geração de energia nuclear. No contexto marítimo e naval, esses reatores compactos aproveitam décadas de experiência em propulsão nuclear naval, já aplicada em mais de 160 embarcações — incluindo submarinos, porta-aviões e quebra-gelos. A atratividade dos SMRs está em sua alta densidade de potência e na capacidade de operar por longos períodos sem reabastecimento, o que os torna viáveis em ambientes desafiadores, como mar aberto e áreas remotas. Nos últimos anos, a combinação de avanços tecnológicos e das crescentes pressões pela descarbonização tem renovado o interesse por SMRs em aplicações civis (como geração offshore, dessalinização e transporte marítimo comercial), ao mesmo tempo em que sua relevância permanece essencial em aplicações militares, especialmente na propulsão de submarinos e navios de guerra. A pesquisa destaca o estágio atual de desenvolvimento dos SMRs marítimos e navais, incluindo: Os SMRs representam, assim, um caminho promissor para a inovação energética, reforçando o papel estratégico da energia nuclear no transporte marítimo e na segurança global. Fonte: Leonam Guimarães
Reator Nuclear Histórico de São Paulo Passa a Produzir Radiofármacos para Tratamento de Câncer

Um reator nuclear com quase 70 anos, instalado na Cidade Universitária em São Paulo, vai contribuir para o tratamento de pacientes brasileiros com câncer. Fruto de uma parceria entre a Marinha e o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), o equipamento será usado para produzir lutécio-177, um radiofármaco essencial na radioterapia, especialmente no combate ao câncer de próstata. Inaugurado em 1957, o reator foi construído em apenas 18 meses graças ao apoio da Universidade de São Paulo, que cedeu o terreno, e do CNPq, que financiou a obra. Para gerar o lutécio-177, o reator funciona 24 horas por dia, com medidas rigorosas de segurança: o processo ocorre no fundo de uma piscina de nove metros de profundidade, e todos os operadores usam dosímetros eletrônicos que monitoram a exposição à radiação. O projeto permitirá a produção nacional do radiofármaco, atualmente importado, reduzindo em até dez vezes o custo do tratamento no país e ampliando o acesso à terapia para a população brasileira. Clique AQUI para conferir a notícia completa! Fonte: CNN
SMRs para substituição do carvão: oportunidades e desafios para pequenos reatores modulares

A Agência de Energia Nuclear (NEA) lançou uma nova publicação que analisa o papel dos pequenos reatores modulares (SMRs) como alternativa para a substituição de usinas a carvão no cenário global de transição energética. O estudo oferece uma visão abrangente sobre o potencial de uso desses reatores em aplicações on-grid, avaliando requisitos técnicos, oportunidades políticas e barreiras à adoção da tecnologia nuclear. O relatório integra uma série de estudos de caso promovidos pela NEA, que têm como objetivo identificar como os SMRs podem apoiar a descarbonização de setores industriais de difícil redução, ao mesmo tempo em que preservam empregos e asseguram infraestrutura de energia confiável e resiliente. Entre os destaques, a publicação apresenta: Estimativas de capacidade instalada de carvão que poderia ser substituída por energia nuclear;Projeções sobre países com maior potencial de realizar a transição rápida do carvão para a energia nuclear;Análise de oportunidades de curto, médio e longo prazo para o uso de SMRs em locais originalmente projetados para usinas de carvão;Considerações levantadas por atores dos setores elétrico e de carvão, incluindo barreiras técnicas, econômicas e políticas para a adoção da tecnologia. O estudo reforça a importância dos SMRs como parte da estratégia de descarbonização global, especialmente em países que buscam conciliar segurança energética, manutenção de empregos e redução das emissões de carbono. Fonte: OECD
Pequenos Reatores Modulares Marítimos avançam como alternativa para transição energética

Um estudo recente destaca o potencial dos Pequenos Reatores Modulares (SMRs) marinhos como solução estratégica na transição energética global. Instalados em barcaças flutuantes ou unidades submersíveis, esses reatores podem fornecer eletricidade, calor, dessalinização e até combustíveis limpos em locais remotos ou offshore, reduzindo a dependência de geradores a diesel. Entre as aplicações em estudo estão o uso em plataformas de petróleo e gás, portos, mineração submarina, comunidades isoladas e até na propulsão naval. Atualmente, dez projetos de SMRs marinhos estão em diferentes fases de desenvolvimento. A Rússia lidera com a operação do KLT-40S no navio-plataforma Akademik Lomonosov, enquanto China, Coreia do Sul, EUA e países europeus avançam em consórcios internacionais, como a parceria da dinamarquesa Seaborg com a Samsung Heavy Industries e a KHNP. Apesar das vantagens, o relatório aponta desafios a superar, como a escassez de combustível nuclear HALEU, a ausência de regulamentação específica para usinas móveis e a necessidade de comprovar viabilidade econômica em comparação às fontes renováveis. Ainda assim, especialistas consideram que os SMRs marítimos podem desempenhar papel estratégico na descarbonização, no fornecimento de energia segura e na produção de hidrogênio e outros combustíveis verdes. Clique AQUI para conferir a notícia completa! Fonte: Defesa Aérea & Naval
Akademik Lomonosov: usina nuclear flutuante pode inspirar soluções energéticas para o Brasil

A Akademik Lomonosov, desenvolvida pela estatal russa Rosatom, é a única usina nuclear flutuante em operação no mundo. Instalada atualmente no porto de Pevek, no Ártico russo, a embarcação foi projetada para fornecer energia elétrica e térmica a regiões remotas, onde a construção de grandes usinas terrestres seria inviável. A usina é equipada com dois reatores KLT-40S, semelhantes aos usados em quebra-gelos nucleares, com potência total de aproximadamente 70 MW elétricos – energia suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 100 mil habitantes. Além disso, a Akademik Lomonosov pode fornecer calor para sistemas de aquecimento urbano e energia para atividades industriais, como mineração e exploração de petróleo e gás em locais de difícil acesso. Diferente de um navio convencional, a plataforma não possui propulsão própria, sendo rebocada até o destino de operação. Essa mobilidade oferece flexibilidade estratégica: em caso de necessidade, a usina pode ser deslocada para atender diferentes regiões ao longo do tempo. O modelo de usina flutuante tem despertado interesse internacional como uma solução inovadora para levar energia a áreas isoladas. No Brasil, essa tecnologia poderia ter aplicação especialmente na região amazônica, onde a dificuldade de integração ao sistema elétrico nacional ainda representa um desafio. Atualmente, muitas localidades da Amazônia dependem de termelétricas a diesel, de alto custo e elevado impacto ambiental. A adoção de uma usina nuclear flutuante poderia reduzir a dependência de combustíveis fósseis, oferecendo uma alternativa limpa, segura e de longo prazo para a geração elétrica em comunidades ribeirinhas e cidades isoladas, além de contribuir para metas de descarbonização. O governo brasileiro já manifestou interesse em estudar a viabilidade de adotar modelos semelhantes ao da Akademik Lomonosov, o que poderia representar um passo estratégico para expandir a presença da energia nuclear na matriz energética nacional. Fonte: Integrando Conhecimento