Accessibility Tools

Você está aqui:
>
Akademik Lomonosov: usina nuclear flutuante pode inspirar soluções energéticas para o Brasil

Akademik Lomonosov: usina nuclear flutuante pode inspirar soluções energéticas para o Brasil

A Akademik Lomonosov, desenvolvida pela estatal russa Rosatom, é a única usina nuclear flutuante em operação no mundo. Instalada atualmente no porto de Pevek, no Ártico russo, a embarcação foi projetada para fornecer energia elétrica e térmica a regiões remotas, onde a construção de grandes usinas terrestres seria inviável.

A usina é equipada com dois reatores KLT-40S, semelhantes aos usados em quebra-gelos nucleares, com potência total de aproximadamente 70 MW elétricos – energia suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 100 mil habitantes. Além disso, a Akademik Lomonosov pode fornecer calor para sistemas de aquecimento urbano e energia para atividades industriais, como mineração e exploração de petróleo e gás em locais de difícil acesso.

Diferente de um navio convencional, a plataforma não possui propulsão própria, sendo rebocada até o destino de operação. Essa mobilidade oferece flexibilidade estratégica: em caso de necessidade, a usina pode ser deslocada para atender diferentes regiões ao longo do tempo.

O modelo de usina flutuante tem despertado interesse internacional como uma solução inovadora para levar energia a áreas isoladas. No Brasil, essa tecnologia poderia ter aplicação especialmente na região amazônica, onde a dificuldade de integração ao sistema elétrico nacional ainda representa um desafio. Atualmente, muitas localidades da Amazônia dependem de termelétricas a diesel, de alto custo e elevado impacto ambiental.

A adoção de uma usina nuclear flutuante poderia reduzir a dependência de combustíveis fósseis, oferecendo uma alternativa limpa, segura e de longo prazo para a geração elétrica em comunidades ribeirinhas e cidades isoladas, além de contribuir para metas de descarbonização.

O governo brasileiro já manifestou interesse em estudar a viabilidade de adotar modelos semelhantes ao da Akademik Lomonosov, o que poderia representar um passo estratégico para expandir a presença da energia nuclear na matriz energética nacional.

Fonte: Integrando Conhecimento